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Negócios na Expodireto devem se expandir 30%
04 de Março de 2013
Feira em Não-Me-Toque começa hoje e se estende até sexta-feira
Safra cheia, cotações favoráveis e disponibilidade de crédito prometem impulsionar em 30% as vendas na 14ª edição da Expodireto Cotrijal, iniciada hoje em Não-Me-Toque. O crescimento representa um volume de negócios superior em R$ 331,8 milhões sobre os R$ 1,10 bilhão faturados no ano passado. “Ao contrário do ano passado, quanto tivemos estiagem, as culturas agora responderam bem, não teremos quebra e contamos com o incentivo dos programas governamentais, como a prorrogação do PSI”, disse o presidente da Cotrijal, Nei Mânica.
A expectativa positiva leva o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers), Claudio Bier, a apostar em um crescimento de 10% na comercialização do setor. “Em 2012, tivemos alta de 8,5%, mesmo com a estiagem. Agora, com o momento favorável, projetamos 10%, podendo ser mais”, destacou o dirigente. Para ele, a prorrogação da linha de crédito Finame-PSI até o final do ano é um incentivo importante para que os produtores invistam na reposição do maquinário. O dirigente afirma que os maiores destaques ficarão por conta dos implementos agrícolas, como plantadeiras, pulverizadores e equipamentos para irrigação, além de tratores.
Segundo o presidente da mostra, neste ano, ela consolida a sua posição de feira internacional, com a presença de 80 países e a realização das já tradicionais rodadas de negócios. “Serão negociados máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, além das rodadas de grãos (arroz, soja, milho, trigo), carne (gado, suíno, carneiro, frango) e lácteos”, informou. Em 2012, a Expodireto contou com a participação de 71 países, 105 importadores que alcançaram um volume de negócios de R$ 102 milhões, valor que representa um aumento de 580,27% em relação ao ano anterior. Países como Nigéria, Gana, Panamá, Colômbia, Peru, Argentina e Espanha estão com suas delegações representativas.
Também irão participar do evento países que buscam o que o agronegócio gaúcho e brasileiro tem a ofertar, em termos de tecnologia agrícola, grãos, carnes e lácteos, tais como África do Sul, Alemanha, Angola, Austrália, Áustria, Bolívia, Bulgária, Canadá, Chile, China, Cuba, Emirados Árabes, Equador, EUA, Irã, Iraque, Itália, Japão, Moçambique, Nicarágua, Portugal, Rússia, Senegal, Sérvia, Suíça, Uruguai e Venezuela.
Uma das novidades desta edição é a criação do International Meeting Point. É neste local que ocorrerá uma série de eventos, com palestrantes do exterior, reuniões com diversas entidades debatendo as principais demandas do agronegócio. “Vamos discutir a questão da logística no Brasil e temas ambientais. Teremos um palco para reivindicações políticas e várias opções de negócios”, disse Mânica.
Sobre as atrações da feira para este ano, Mânica diz que temas relativos a novas tecnologias do campo vão receber grande destaque, como o caso da cultivar Intacta RR2, semente de soja desenvolvida pela Monsanto. Ela estará presente em um espaço voltado para o agricultor, com ensaios envolvendo essa tecnologia, resistente a alguns insetos. “Os produtores poderão comparar os materiais e conferir os avanços tecnológicos.”
Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=117875