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Pan-Amazônica abriu sexta com a previsão de movimentar quase 15 milhões em negócios
27 de Abril de 2013
Começou nesta sexta-feira, 26, a 17ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro, que este ano deve movimentar R$ 14.840.800,00 milhões em negócios com a comercialização de mais de 800 mil obras. Quase cem mil títulos estarão disponíveis ao público, que poderá adquirir livros a partir de R$ 3,00. Evento de grande importância para o mercado editorial, a feira - que começou bem menor, nos anos 90, realizada no Centur - ocupa, hoje, todos os espaços do Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, que, aliás, já está pequeno para o público estimado em 400 mil pessoas. Foi com esta lembrança que Paulo Chaves, titular da Secult, abriu na manhã da última quinta-feira, 25, a coletiva que reuniu jornalistas de impressos, TVs, rádios, sites e blogs, no auditório Dalcídio Jurandir.
Este ano o tema da Feira Pan-Amazônica é o Pará, inspiração que veio da frase “Eu sou de um país que se chama Pará”, pinçada da música “Porto Caribe”, de Ruy Barata, o escritor homenageado. “O país é o nosso, a frase de inspiração é do Ruy. É uma dívida que tínhamos com ele, que já deveria ter sido homenageado. Ruy sempre foi surpreendente, assim como a feira”, comentou Paulo Chaves.
Ele também fez questão de ressaltar a homenagem que está sendo feita este ano na feira, ao livreiro Raymundo Jinkings, segundo ele “muito perto do Ruy Barata em sua importância”. Com uma trajetória de projeção nacional para o mercado literário, Jinkings desenvolveu inúmeras ações de incentivo à leitura em Belém e formou muitos dos grandes intelectuais paraenses. “Lembro ter encontrado, na livraria Jinkings, com Benedito Nunes, Paulo Mendes Campos e Benedicto Monteiro, entre outros”, disse o secretário.
A literatura paraense é outro ponto alto do evento. Mais de 120 autores locais estão representados no estande do Escritor Paraense, espaço cedido gratuitamente pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) onde escritores de vários municípios lançam livros, participam de sessões de autógrafos e promovem outros eventos que fazem da feira uma grande vitrine da produção literária, atraindo não só os leitores, mas também as editoras e outras oportunidades de negócios. A Academia Paraense de Letras (APL) também tem um estande próprio na programação.
No espaço "O País que se chama Pará" acontece, diariamente, o Encontro dos Escritores Paraenses, momento de maior interação entre autores e público, com as participações de Maria Stella Pessoa, Olga Savary, Daniel Leite e Benilton Cruz, entre outros, além de seminários, encontros e espetáculos, que terão como convidados, Amarílis Tupiassu, Victor Sales Pinheiro, Lília Chaves, etc. Já no evento “Coletiva de textualização musical” serão realizadas entrevistas, apresentados depoimentos e números musicais, em um grande encontro de compositores paraenses e mestres da cultura popular, que falarão sobre suas obras e experiências dentro da temática “O Imaginário e o Cotidiano Amazônico”.
Investimentos e novidades - A feira cresce a cada ano. De acordo com o representante da ABDL, Robério Paulo Silva, presente na coletiva, a previsão é que a movimentação financeira e a circulação de publicações, entre lançamentos e relançamentos, seja maior do que no ano passado. Em um espaço de 24 mil metros quadrados foram montados 224 estandes (14 estandes a mais que na edição passada) onde estão representadas 500 editoras (50 a mais que em 2012), com a participação direta de 140 empresas.
Entre as novidades está a badalada a participação da COMIX (livraria especializada em quadrinhos e mangás), que traz uma edição especial do Fest Comix, a maior feira de quadrinhos da América Latina, com aproximadamente 15 editoras especializadas em quadrinhos, e a da Liga Brasileira de Editoras (LIBRE), em uma edição especial da Primavera dos Livros, e com a representação de 25 editoras associadas. “A LIBRE tem excelentes e diferenciados livros. É formada por editoras que se rebelaram dos eventos literários de São Paulo e Rio de Janeiro. Eles vieram no ano passado e agora não querem mais deixar a Pan-Amazônica”, revelou Robério. “Fizemos tudo que é necessário pra receber o público, num evento que tem como foco o livro, a literatura”, reforçou o titular da Secult. “Enfim, esta é a mais paraense de todas as feiras. A energia polêmica do Ruy já está no ar, vamos viver estes dez dias de uma grande programação”, finalizou Paulo Chaves.
Fonte: http://www.pa.gov.br/noticia_interna.asp?id_ver=122480