Feiras Brasil

Feiras de negócio impulsionam indústria em tempos de crise
01 de Outubro de 2014

São Paulo - Mesmo com retração econômica, o mercado de feiras de negócios deve se recuperar neste segundo semestre, ao prever alta de 5% a 10% no ano. Para especialistas, o momento é propício para o setor e a previsão é que em 2015 sejam realizadas mais de 2,22 mil feiras.
Após queda no número de feiras realizadas no primeiro semestre, o setor conseguiu elevar em 33% o número de eventos programados para o período de julho a setembro, quando foram realizadas 60 encontros de negócios.
"As feiras foram recolocadas em um espaço de tempo menor, mas nenhuma deixou de acontecer", disse o presidente da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), Armando Arruda de Campos Mello. Segundo ele, as 30 feiras de negócios que deveriam ser realizadas no primeiro semestre foram concentradas devido ao carnaval tardio, além da Copa do Mundo e das eleições. "Tivemos um ano atípico e no período da Copa do Mundo apenas uma feira foi realizada", declarou Mello.

Importância
As organizadoras decidiram adiar as feiras devido a preocupação com o alto número de turistas que a cidade iria receber no período. Mas é imprescindível que aconteçam, sobretudo para as pequenas e médias empresas, indica Melo. Segundo ele, as feiras são uma ferramenta de promoção democrática, que devem ser utilizadas principalmente em tempos de crise econômica.
"É a oportunidade para as empresas realizarem um maior número de vendas. Um exemplo é a indústria de calçados. Com apenas duas feiras de negócios ao ano, ela consegue garantir de quatro a cinco meses de produção". Além da indústria de produtos para o varejo, as feiras de agronegócio também atingiram alta no número de participantes e operações de negócios realizados.
Conforme o presidente do conselho de administração da Ubrafe, Marcelo Brazil, o segmento que teme por uma retração é o automobilístico. "Mas a expectativa é que com os lançamentos no Salão do Automóvel isso mude".
De acordo com a entidade, a região Sudeste deve concentrar o maior número de feiras em 2015, cerca de 48% do total, seguida pelo Sul (30,6%), Nordeste (10,4%), Centro-Oeste (6,8%) e Norte (3,9%).

Infraestrutura
A Imigrantes & Convention Center vai investir R$ 300 milhões em infraestrutura nos próximos quatro anos. O projeto consiste na implantação de um novo pavilhão de 50 mil metros quadrados e um centro de convenções de 10 mil metros quadrados.