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Feira discute crescimento econômico
08 de Novembro de 2006
Esta semana será marcada por quatro eventos que mobilizam o mundo empresarial piracicabano e da região: 1ª Feira de Negócios Empresariais de Piracicaba (Fenipi), 4º Congresso Empresarial da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi), a 3ª Semana do Empreendedor e a 53ª Convenção da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip).
Os eventos estão ligados à realização da feira e acontecem no Engenho Central durante toda a semana. A abertura oficial será nesta terça-feira, dia 7. Durante a feira, novas tecnologias, serviços, produtos e tendências do mercado serão apresentados aos empresários de Piracicaba e região.
O vice-presidente da Acipi, Jorge Aversa Jr, em entrevista a este canal, informa que o foco desta quarta edição do congresso da sua entidade é a gestão de negócios. Segundo ele, os pequenos e os médios empresários precisam de orientações sobre como planejar e desenvolver melhor os seus empreendimentos. Diante disso, as palestras do congresso abordarão quatro áreas: Marketing pessoal, macroeconomia, liderança e Motivação.
O marketing pessoal será tratado por Jussier Ramalho, conhecido também por jornaleiro palestrante, que adquiriu destaque ao relatar a sua história de sucesso iniciada com a compra de uma banca de jornais e revistas em Natal. O jornalista Paulo Henrique Amorim será o palestrante responsável em traçar o cenário econômico do país, considerando a reeleição do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
O tema da liderança será abordado por Alfredo Rocha, com a preocupação de articular a noção de liderança com a execução de trabalho em equipe. O tema motivação estará a cargo do psicológo Rogério Caldas. De acordo com Jorge Aversa, todos os palestrantes darão contribuição para que seja viabilizada a contrução de um novo modelo de gestão. "Eles mostratão o que há de mais importante dentro da prática moderna de gestão", comenta.
Ao ser indagado sobre quais são as perspectivas para Piracicaba diante do atual contexto político, com Lula (PT) reeleito para a presidência da República e José Serra (PSDB) eleito para o governo do estado, Jorge Aversa explicou que a cidade tem apresentado um crescimento acima da média estadual e da média nacional. "Piracicaba está no auge por causa do pró-ácool e do biodiesel e já tem alguns anos de crescimento, inclusive no ano passado, chegou a quase 10%; enquanto o crescimento do Brasil foi de 2% e pouco", informa.
Diante disso, ele argumenta que a cidade e sua região têm uma dinâmica própria de crescimento. "Como está na moda a matriz de energia limpa, o biodiesel, estamos sendo previlegiados, com um crescimento acima da média e exportando para quase todos os continentes", comemora o vice-presidente da Acipi que, também, avalia que esta situação vai durar por mais uns dez anos.
Portanto, é possível concluir que com Lula, de um lado, e com Serra, de outro, a cidade continuará crescendo. De acordo com relatório divulgado pela Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), com base nos dados do MDIC/Secex (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior/ Secretaria do Comércio Exterior) sobre a evolução das exportações de 38 cidades paulistas da região, em relação aos anos de 2004 e 2005, Piracicaba está bem colocada ao apresentar crescimento de 38%. Em 2004, a cidade exportou R$ 1.186,269,8 e, em 2005, R$ 1.637,124,7.
O carro-chefe das exportações é o setor sucroalcooleiro e a empresa que mais exporta é a Caterpillar da área agrícola. A maior parte dos outros produtos da região acaba ligada a este setor: são produzidos bens na área de metal-mecânica, explcia Jorge Aversa. Entretanto, ele ressaltou que recentemente foi constatado um expressivo índice de exportação de empresas da área de produtos odontológicos e ambulatoriais. Informações sobre as inscrições e sobre os eventos podem ser obtidas pelo site www.fenepi.com.br.
Dedine é um dos exemplos do desenvolvimento local
A Dedini Indústrias de Base é um dos exemplos que ilustram o cresdimento de Piracicaba. A empresa está implantando 23 das 26 novas usinas de álcool previstas na primeira etapa de um grande projeto para o setor. Se o cronograma for cumprido, 73 novas unidades produtoras do biocombustível serão construídas até a safra 2010/2011. O projeto de construção de usinas no Brasil foi apresentado no começo deste ano para a Câmara Setorial Açúcar e do Álcool, pelo vice-presidente de operações da Dedini Indústrias de Base, José Olivério.
O objetivo do setor é proporcionar produção para abastecer uma grande demanda de álcool, especialmente provocada pelo consumo interno do produto. Diante deste panorama, há a expectativas de que as 73 usinas serão capazes de atender o crescimento previsto de 82% do mercado de álcool e produzir pelo menos mais 12 bilhões de litros. A produção atual é de 14,5 bilhões de litros/ano.
A Dedini, segundo informações divulgadas pelo Jornal de Piracicaba, participará deste processo com a construção de 90% das novas unidades e, ao mesmo tempo, ampliará a sua marca como uma das maiores empresas fabricantes de equipamentos do setor sucroalcooleiro no mundo. Além disto, este negócio deverá gerar, só na primeira etapa, algo em torno de R$ 1,6 bilhão para a empresa.
Fonte: Ieda Cavalcante dos Santos - Cosmo OnLine